Tapetes x Acessibilidade
Publicado em: 10.fevereiro.2016
Por: Acessibilidade na Prática
De acordo com a NBR 9050/2015, capachos, forrações, carpetes, tapetes e similares devem ser evitados em rotas acessíveis. Quando existentes, devem ser firmemente fixados ao piso, embutidos e nivelados, de maneira que eventual desnível não exceda 5 mm. As superfícies não podem ter enrugamento e as felpas ou forros não podem prejudicar o deslocamento das pessoas.
Será que os tapetes que estamos vendo por aí possuem esses padrões? Confiram algumas situações abaixo.Um capacho não nivelado com o piso está alocado logo na entrada do estabelecimento, ou seja, em uma rota acessível, o que deveria ser evitado.
O tapete não é nivelado, embutido e fixado ao piso, pelo contrário, está até enrugado, podendo causar tropeços e quedas.Dois tapetes na entrada de um bloco de apartamentos. Ambos não possuem as especificações adequadas e prejudicam a circulação de qualquer pessoa, desde cadeirantes até pessoas distraídas.
Extenso tapete solto no chão e com as pontas arrebitadas, dificultando a circulação.
O revestimento do piso é carpete, o qual não é indicado por aumentar a aderência entre a roda da cadeira e o piso, dificultando e muito as manobras com a cadeira de rodas.
Resumindo…
Ambientes acessíveis podem e devem ser bonitos, e os tapetes fazem parte da decoração. Tapetes não são “proibidos pela acessibilidade”, tanto é que a NBR 9050/2015 traz especificações para esse item. O problema é que, em muitos casos, especialmente em projetos de decoração, não há harmonia entre acessibilidade e estética, fato este que se estende a vários outros itens além dos tapetes.
Maria Alice Furrer