Barreiras em estruturas acessíveis
Publicado em: 20.fevereiro.2013
Por: Acessibilidade na Prática
No post Organização x Acessibilidade, mostramos exemplos de estruturas acessíveis que, devido à inadequada organização do ambiente, tornaram-se impossíveis de serem utilizadas.
As fotos abaixo ilustram casos de estruturas “quase” acessíveis (que não estão exatamente de acordo com a NBR 9050/2004) onde há barreiras físicas limitando ou até mesmo impedindo sua utilização.
Existe uma porta de abertura automática no patamar desta rampa. A área do patamar, utilizada para manobrar uma cadeira de rodas por exemplo, é pequena. E para dificultar ainda mais sua utilização, há um capacho não embutido e não nivelado com o piso. Ou seja, este capacho, instalado incorretamente e num local inadequado, acaba por agravar as limitações arquitetônicas da rampa, atrapalhando seu uso por cadeirantes e podendo ocasionar acidentes com idosos e deficientes visuais.
Atrás desta porta de duas folhas existe o patamar de uma escada. A área do patamar é satisfatória, porém um vaso de plantas está estreitando o espaço. Este problema poderia ser facilmente resolvido se o vaso fosse colocado em um local mais apropriado, o que aumentaria a área para a circulação de pessoas.
A foto acima registra uma escada associada a uma rampa. Sobre a extensão da rampa e também no final da escada existem capachos, os quais, além de dificultarem o uso das estruturas, oferecem riscos à segurança dos usuários, podendo ocasionar escorregões e quedas.

O comando externo dos elevadores possui uma altura de instalação adequada, porém não é possível a aproximação frontal devido à presença de um cesto de lixo logo abaixo, no chão. A foto ilustra a tentativa de um cadeirante tentando acionar os botões para chamar o elevador, porém seu alcance é impedido pela lixeira.

Estes exemplos demonstram que pequenos detalhes podem inutilizar parcial ou totalmente as estruturas acessíveis. Para evitar esse tipo de situação, há necessidade de gestão e consciência por parte dos responsáveis pelos locais onde circulam pessoas, evitando, assim, a criação de ainda mais barreiras.
Maria Alice Furrer