Depois do acidente que me deixou tetraplégico, em 2008, uma das minhas grandes tristezas foi a impossibilidade de dirigir. Ainda pequeno, “dirigia” as tampas de panela da minha mãe pela casa, com direito a roncos de motor e cantadas de pneu feitos com a boca, já me imaginando ao volante de um carro. Quando perdi boa parte dos movimentos do corpo, aquele meu sonho de criança (e de grande parte dos brasileiros, especialmente dos homens) tornou-se dolorosamente improvável de acontecer, apesar de já tê-lo realizado em 1999.
Em 2012, quando iniciei meu tratamento no Acreditando, dirigir voltou a ser algo possível para mim. Lá, conheci o Pacheco e o Chico, dois “tetras” que dirigiam (legalmente!) seus próprios carros adaptados, algo inimaginável por mim até então. Esses caras me inspiraram a lutar por isso, e até hoje me inspiram a continuar tentando fazer o que eu não consigo 😀 .
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