Piscina acessível do Residencial Santa Catarina
Publicado em: 11.novembro.2012
Por: Acessibilidade na Prática
O Residencial Santa Catarina foi inaugurado em 4 de Julho de 2000 e pertencente à Associação Congregação de Santa Catarina, presente no Brasil há mais de 100 anos. O residencial está localizado na Rua Leôncio de Carvalho 98, São Paulo – SP. Segundo o site do residencial, este é o primeiro flat planejado para a terceira idade e conta com serviços e profissionais de saúde com alto nível de competência exigida por esta categoria.
Um mix completo de residencial e hotelaria com a infraestrutura de atendimento à saúde, orientado também para receber clientes em condições pós cirúrgicas ou em tratamento médico e até mesmo familiares de convalescentes que se encontram hospitalizados.
O residencial conta com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, nutricionistas, pisicólogos, dentre outros, e oferece atividades de lazer e socialização. Com isso, além de outras estruturas, existe no prédio uma piscina acessível, que pode ser utilizada tanto para o lazer quanto para atividades terapêuticas direcionadas. Vamos conhecê-la!
Esta é a porta que dá acesso à piscina. Seu vão livre é satisfatório, porém sua abertura não é muito suave. A maçaneta é do tipo alavanca, permitindo um fácil manuseio.
A sinalização existente é apenas visual, feita por meio de duas placas, uma com o dizer "piscina" e outra logo abaixo com o dizer "sauna". O contraste de cores das placas é acessível, e a fonte das letras é legível.
Ausência de sinalização tátil (em Braille ou texto em relevo), que deveria ser instalada nos batentes ou vedo adjacente, no lado onde estiver a maçaneta, a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m.
O revestimento do piso entorno da piscina é regular, firme e antiderrapante.
Em algumas áreas da piscina existem barras paralelas no nível da água, as quais não interferem na entrada ou saída da piscina. Essas barras auxiliam em caminhadas e outros exercícios na água.
Ao lado da escada que dá acesso à piscina há uma outra barra paralela, fixada no piso rente à margem externa da piscina. Esta configuração de barra não está especificada na norma técnica, no que diz respeito a piscinas acessíveis.
O acesso à água é feito por meio de degraus, com bordas arredondadas para evitar incidentes. A margem da piscina não possui bordas arredondas, o que é inadequado.
Esta escada submersa possui apenas 1 corrimão, mas a NBR 9050/2004 especifica que devem ser instalados corrimãos bilaterais em três alturas: 0,45 m, 0,70 m e 0,92 m. A altura de instalação do corrimão acima não foi mensurada.
A distância livre entre o corrimão e a borda da piscina (equivalente à largura dos degraus) é satisfatória.
Este é o boxe do chuveiro da piscina. A porta do boxe é transparente e sem nenhuma sinalização visual, o que pode confundir pessoas com baixa visão e provocar colisões. Para abrir esta porta existe apenas um pino de pequeno porte, de difícil manuseio.
O acionamento do chuveiro não foi analisado.
Não há barras de apoio como especifica a norma técnica, e outros itens também não estão presentes, como por exemplo o banco.
No interior do boxe há um sistema de hidromassagem, feito por aros de metal que circundam quase toda a área de banho. Nesses aros existem pequenos orifícios, os quais direcionam jatos de água no corpo da pessoa que está utilizando o chuveiro. Essa estrutura, apesar de benéfica, diminui o espaço do boxe, impedindo a manobra de uma cadeira de rodas ou de banho.
Estes bancos estão alocados ao redor da piscina, e não atrapalham a circulação no local. Pelo contrário, auxiliam no descanso das pessoas que utilizaram ou ainda vão entrar na água.
Maria Alice Furrer
Fotos: 18/10/2012
Pingback: Acesso aos elevadores do Residencial Santa Catarina | Acessibilidade na Prática
Pingback: Acessibilidade em Piscinas - Guia de Piscinas
Pingback: Piscina residencial acessível | Acessibilidade na Prática